quarta-feira, 29 de julho de 2009

you you you

"Think of the all the things we've shared and seen (...) think of those things we'll never do... As long as I have you I'll keep you in my mind, there will never be a day when I won't think of you" (...)

(voy a decirte todavía una cosa ~~)

várias facetas


Já não sinto aquele aperto no coração por não te ter. Não sinto necessidade de te encontrar e dizer que tenho saudades tuas. Tenho saudades tuas, claro que tenho, mas sei lidar muito bem com elas, não sou nenhuma louca e não preciso de outras pessoas para fingir que não tenho saudades tuas, como tu o fazes. E se eu tenho saudades é sinal de que o que vivemos juntos tem realmente valor, que não passaram de aventuras de poucas horas nem tão pouco mais ou menos.
Somos adolescentes, por isso somos inconstantes. Somos adolescentes, por isso são mais as vezes que agimos sem pensar do que as que pensamos antes de agir. Somos adolescentes, por isso oferecemo-nos facilmente a outro alguém. Somos adolescentes, por isso magoamos constantemente sem nos apercebermos de tal. Tanto eu como tu não temos consciência do que fazemos, pelo simples facto de sermos adolescentes. Esta faceta que ambos vestimos tem tanto de cruel quanto tem de bondade. Assim como tu personalizaste esse teu traje, eu personalizei o meu e aqui já depende do coração de cada um escolher as suas características, somos ambos adolescentes mas somos ambos independentes. E tu não olhaste para esse teu cantinho do lado esquerdo, preferiste fazer de conta que te esqueceste dele no armário enquanto vestias essa tua vestimenta de adolescente. Vagueias com a tua roupa farpada mas já nem te importas. Partiste e deixaste o armário fechado com o lado esquerdo da tua roupa lá dentro e julgo eu que irá permanecer lá por algum tempo. É certo e sabido que eu já nada tenho que opinar sobre as tuas escolhas, mas podias pensar um bocadinho e lembrares-te que nem todas as pessoas se esquecem dos seus corações como tu te esqueces, que as pessoas têm sentimentos e não os substituem tão rápido como tu os substituis e por isso as pessoas sofrem, sofrem por sentirem. Tu não sofres porque não sabes sentir, ou então preferes fazer de conta que não sentes e que nem coração possuis, enquanto eu sei que ele, apesar de estar bem guardado continua a existir.
Daqui a algum tempo, quando voltares e decidires abrir esse armário – que provavelmente estará repleto de pó – repara na peça de roupa que lá deixaste perdida, segura-a com cuidado e promete-lhe que irás vesti-la todos os dias - como aquelas roupas que usas diariamente e nunca te esqueces delas, porque simplesmente te transmitem alguma sorte. A partir daí, tenta agir mais com o coração e menos com a cabeça, verás quem cuidou melhor dessa tua vestimenta antes de partires.

segunda-feira, 20 de julho de 2009


Terás sempre em mim um cantinho vago reservado só para ti.
O teu lugar nunca ninguém poderá preencher e tu sabes disso melhor do que ninguém..
Lagoa 2009

sábado, 18 de julho de 2009

obrigada grenho

"A vida é como andar de bicicleta:
Temos de avançar para não perder o equilibrio"


Obrigada por me teres feito ter esperança no futuro, por me teres aberto os olhos a tempo, por teres sido uma das vozes da razão, por me teres dado o empurrão de que eu precisava.
Obrigada pela segurança das tuas palavras, pela confiança que depositaste em cada conselho que me sugeriste, obrigada por me teres feito pensar e agir rapidamente sem desperdiçar grande parte do meu tempo em coisas supérfluas e em pessoas que não valiam, de todo, a pena.
Obrigada por me teres feito correr atrás e por não me teres deixado na mão e ter feito com que as boas coisas da vida me passassem ao lado. Acredito que, de certa forma, se agora estou 'como estou' é, em parte, graças a ti.
Em suma, agradeço-te do fundo do coração por me teres confessado o teu diálogo com o tempo.


Porque eu nao me esqueci de tudo em que me ajudas(-te) :) Te amo @

quinta-feira, 2 de julho de 2009

desafio&desejo


Desiludo-me com as minhas recordações e, consequentemente, não gosto de relembrá-las.
Deixei-me de contos e ditos, sou muito mais que isso. Tornei-me lutadora e capaz de ultrapassar fortes desafios. No entanto, propuseste-me um complicado, mesmo conhecendo as minhas limitações. Os teus jogos já eu aprendi a jogar e descobri todos os truques para chegar à meta sem necessitar de pontuar em todos os obstáculos.
Lido contigo com mais facilidade.
Apercebo-me agora das tuas prioridades e, se eu não faço parte delas, não possuo qualquer motivo para te prender a mim. Por isso deixo-te voar, permito que percorras todos os caminhos que desejas e que descubras todos os locais com que sonhas. Não me desafies para ser a tua sombra, não serei capaz.
Já te joguei demasiadas vezes e, como qualquer outro jogo, os níveis esgotaram-se e eu continuo constantemente a repetir os mesmos níveis, sei-os de cor. Voa o que tens de voar e não voltes só quanto te apetecer desafiar-me para passar níveis que eu tivera ultrapassado antes. Se voltares, fica e não vás novamente.
Não desejo que te tornes numa simples recordação, não quero deixar de gostar de te recordar.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Felicidade ilusória ~

É complicado continuar quando tudo desaba uma vez mais, quando desenterro caixinhas ingenuamente. E agora, quando olho para trás, com um olhar de gente grande, reparo nas voltas que a vida dá. A vida, essa que é capaz de girar em tantos e tantos sentidos, em todas as diferentes direcções que possam haver. Vejo no quão diferentes as coisas se tornaram. Tudo o que fomos está longe, muito para lá do visível e não volta.
Fomos tanto, demo-nos de uma maneira tão incrivelmente fantástica!
Mesmo nada tendo a ver um com o outro, superamos sempre tudo: as mágoas que sempre nos faziam hesitar, as pessoas, os sentimentos confusos, os desabafos ditos a medo, as muitas divergências… enfrentamos bichos de sete – oito! – cabeças mas sempre lutamos, sempre acreditamos um no outro; que era possível, que atingiríamos a felicidade em pleno. Mas porquê? Ainda hoje me pergunto… porquê, porquê em alturas tão distintas? A vida pregou-nos uma partida, porque não rirmo-nos dela e apontar-lhe o dedo em vez de ficarmos sentados e esperarmos que ela gire uma vez mais rumo a outra maré (que não a nossa)? Preguiça? Não sei, possivelmente.
O que eu sentia por ti… a admiração que tinha em ti, a confiança que despertavas em mim… era tudo tão assustadoramente grande, enormizado, gigante… eras o meu mundo, a sério que eras. Por ti? Eu era capaz de tudo. As palavrinhas fortes dirigidas a ti foram as mais sinceras, o sentimento que nutria era o mais encrostado possível ao coração. Resíduos de crosta? Não sei se resta algum agora, sinceramente não sei.
As caixinhas todas tão meticulosamente enterradas e parte de mim persististe em remexer lá no fundo, em abrir feridas fazendo-me sangrar um pouco mais só para matar a sede de ti. Sim, é verdade, às vezes penso em como necessito de ti, ainda. Não quero gostar de ti, mesmo. O que eu mais queria era ter a capacidade de o conseguir realizar, juro-te. Felicidade ilusória. Tudo se resume a isso. Tu e eu? Eu e tu? Meras expectativas surreais, inéditas de serem vistas. Lembravas-me tantas e tantas coisas… Estavas em cada letra de música calma, via-te reflectido em forma de coração em cada rabisco dos meus livros das disciplinas mais aborrecidas, eras a palavra sentida disfarçada no meio dos meus versos, estavas presente em cada filme romântico. Eras sempre tu. Em todas as ocasiões, em todos os lugares (…) foste sempre tu em tudo. Não sentes falta disso? Tenho saudades de estar a milímetros de ti a olhar bem fundo para os teus olhos e decifrar-te o que te enche a alma. Gostava tanto de poder olhar-te agora! Reparo agora que nunca tive oportunidade de te fazer saber que costumava ler os teus olhos e, assim, penetrar-te a alma… ou se calhar tive hipótese mas simplesmente nunca o fiz. Como eu tenho pena em não te ter dito!
Este, se formos a ver, é o único que ainda se mantém, aquele do qual não te podes dar ao luxo de esquecer se eu lá estiver, com o meu nariz quase a roçar no teu, atravessando essa casca que te envolve revestida por teimosia e estupidamente carregada de orgulho. Não lamento, apenas tenho pena.
Se … (…) Os ‘se’ existem e fazem tão parte do nosso passado! Tivemos um passado sim, que ninguém duvide disso: da sinceridade patente em cada “amo-te”, de cada “bom-dia”, cada toque ao de leve na mão, cada gesto, cada lágrima preenchendo cada momento de melancolia, cada consolo, cada toque na cara (aqueles toques que eu tanto gostava de te dar, acarinhando-te a bochecha), cada descrição de determinada particularidade que constitui cada um de nós, cada recanto secretamente revelado em certos sítios só nossos… que ninguém duvide de como tão bem me sabias de cor e de como tão facilmente eu aprendi cada lugar que fazia parte de ti. Tivemos sempre isso do nosso lado. Choramos um pelo outro, ficamos ambos felizes pelo que sentíamos. Ainda guardo todas as tuas coisas, ainda me lembro de todas as nossas longas conversas, tenho na memória as tuas frases, sei de cada texto que te escrevi, as palavras ficaram, os momentos… enfim, puras estrelinhas no meu vasto e enublado céu. Apenas precisava que também tu não tivesses deixado de acreditar – e isto tudo o que aqui escrevi são néscios devaneios que não passam disso mesmo: pensamentos impalpáveis, ou não fosse isso impossível da tua parte –.
As estrelas morrem, sabias disso? Os grandes entendedores na matéria especulam sobre uma provável extinção do sol. A lua, desgastar-se-á ela também.
Não te adoro, não te odeio, não me limito só a gostar de ti. Faço-o numa proporção ainda maior, eu amo-te.
E a verdade é que não te quero ausente.