sábado, 7 de fevereiro de 2009

"Vou parar de escrever. Dói-me a mão, dói-me o corpo, dói-me o pensamento. Dói-me a coragem que não tenho (...)

- Que é isso? - perguntou baixinho, a medo, como se nao quisesse saber a resposta.
- São cartas...
Encolheu as pernas lentamente e fixou os olhos inchados naquele baloiço estranho suspenso no tecto em forma de lua.
Desapertou a correia do relógio e pousou-o devagar sobre a mesinha.
Agora, tinha todo o tempo do mundo. Para quê?"


Maria Teresa Maia Gonzales "A Lua De Joana"