quarta-feira, 16 de setembro de 2009

reckless

Ninguém salva ninguém, amor.
No último momento, quando se apercebem que para alguém só há uma saída, e essa saída é deixar-se ir...desaparecem as mãos que nos ofereceram ajuda, os braços que prometeram suporte, as bocas que prometeram palavras bonitas.
Quando o mal acontece, quando o negro é definitivamente negro e não há no céu sequer uma mancha de cinzento chuvoso que salve o dia, quando a tempestade se abate, o barco naufraga, e a onda engole o resto... Ninguém salva ninguém.
Ninguém fica para salvar o herói, mesmo quando ele acaba de salvar o mundo.

sábado, 12 de setembro de 2009

Por vezes julgo ser forte, mas não é isso que vejo quando sinto que da outra parte me mostram o oposto das coisas em que quero acreditar.
Não se esquece de mim, nem nunca se esqueceu e disso cresce-me um enorme sorriso.
Era óptimo que ninguém se metesse, que nunca opinassem sobre nada, era ainda melhor nunca sermos motivo de conversa, mas não é isso que acontece e daí vem as confusões, distancias e a falta de confiança (...)
Um começo de qualquer coisa tem sempre um motivo, seja ele bom ou mau, mas tem.
Eu talvez acredite que nada foi por acaso, talvez.

sábado, 5 de setembro de 2009

fundos descobertos

Hoje dói-me a alma. Dói-me tudo. Este sofrimento é mais forte que o sentimento que outrora existira em mim. Já tenho saudades de escrever… não, minto! Tenho saudades de te escrever. Sinto falta daquelas cartas de amor com palavras retiradas bem do fundo do meu coração, aquelas palavras que só tu tiveste o prazer de as ouvir; porque na realidade foste tu quem as descobriu. Tu foste quem – sem pedir licença nem dar justificações – entraste silenciosamente dentro do meu coraçãozinho de ouro e escavaste bem fundo, procurando o melhor refúgio para habitares. Diz-se que o auge de cada alma prevalece bem no fundo dela, e tu, com essas tremendas garras, apoderaste-te desse meu fundo e achaste o que outrora se ignorava, o que se desconhecia, o que esteve oculto durante tempos e tempos. Sempre te avisei para teres cuidado com o local que escolherias para viver, mas nunca me deste ouvidos. Sabes, não basta querer chegar ao fundo, é necessário muito esforço para lá permanecer. Quem ama guarda esse sentimento com muito afago e trata dele, rega-o todas as manhãs e oferece-lhe o beijinho de bons sonhos todas as noites. Sempre acreditei que cuidar do amor é como cuidar de uma criança: é preciso saber prendê-lo pela nossa mão para termos a certeza que ele não nos escapa por entre os dedos. E quem não cuida da planta do amor que floresceu dentro de si é porque não sabe realmente o que é amar. Todos nós somos portadores dessa bela planta, porém é preciso muito mais do que apenas possuí-la. E cada um de nós planta uma nova semente no coração de outrem, cujo objectivo – suponho eu – é fazer com que o sentimento entre nós e essa pessoa prevaleça firme. Nunca fui muito boa nisto das suposições, é demasiado relativo e vago para a minha consciência, por isso não me admiraria nada que esta minha suposição estivesse errada. Não se escolhe o local onde plantamos a semente, é certo; mas podemos escolher o tempo que essa semente poderá lá ficar. Devias ter tido mais cuidado com o tempo que juraste que esta semente ia permanecer em mim. Deixaste que ela criasse aqui as suas raízes e deu origem a uma nova planta, que agora não és tu quem a rega – e eu nem me dou a esse trabalho. Somos todos demasiado impulsivos. Regemo-nos pelas juras de amor eterno e acreditamos que os nossos desejos serão sempre concretizados pela pessoa que cuida da planta do nosso coração. Esqueceste-te de algo que era nosso, e que não necessitaria de ser apenas meu. Tu, para além de te esqueceres que deixaste uma semente plantada em mim, esqueceste-te que possuías a minha semente plantada dentro de ti. Tão rápido esqueceste que eu, neste momento, até duvido se quiseste realmente criar este doce sentimento, ou se preferias apenas ter uns momentos de diversão. Até duvido se algum dia desejaste habitar neste meu fundo que sonhavas descobrir…

quarta-feira, 29 de julho de 2009

you you you

"Think of the all the things we've shared and seen (...) think of those things we'll never do... As long as I have you I'll keep you in my mind, there will never be a day when I won't think of you" (...)

(voy a decirte todavía una cosa ~~)

várias facetas


Já não sinto aquele aperto no coração por não te ter. Não sinto necessidade de te encontrar e dizer que tenho saudades tuas. Tenho saudades tuas, claro que tenho, mas sei lidar muito bem com elas, não sou nenhuma louca e não preciso de outras pessoas para fingir que não tenho saudades tuas, como tu o fazes. E se eu tenho saudades é sinal de que o que vivemos juntos tem realmente valor, que não passaram de aventuras de poucas horas nem tão pouco mais ou menos.
Somos adolescentes, por isso somos inconstantes. Somos adolescentes, por isso são mais as vezes que agimos sem pensar do que as que pensamos antes de agir. Somos adolescentes, por isso oferecemo-nos facilmente a outro alguém. Somos adolescentes, por isso magoamos constantemente sem nos apercebermos de tal. Tanto eu como tu não temos consciência do que fazemos, pelo simples facto de sermos adolescentes. Esta faceta que ambos vestimos tem tanto de cruel quanto tem de bondade. Assim como tu personalizaste esse teu traje, eu personalizei o meu e aqui já depende do coração de cada um escolher as suas características, somos ambos adolescentes mas somos ambos independentes. E tu não olhaste para esse teu cantinho do lado esquerdo, preferiste fazer de conta que te esqueceste dele no armário enquanto vestias essa tua vestimenta de adolescente. Vagueias com a tua roupa farpada mas já nem te importas. Partiste e deixaste o armário fechado com o lado esquerdo da tua roupa lá dentro e julgo eu que irá permanecer lá por algum tempo. É certo e sabido que eu já nada tenho que opinar sobre as tuas escolhas, mas podias pensar um bocadinho e lembrares-te que nem todas as pessoas se esquecem dos seus corações como tu te esqueces, que as pessoas têm sentimentos e não os substituem tão rápido como tu os substituis e por isso as pessoas sofrem, sofrem por sentirem. Tu não sofres porque não sabes sentir, ou então preferes fazer de conta que não sentes e que nem coração possuis, enquanto eu sei que ele, apesar de estar bem guardado continua a existir.
Daqui a algum tempo, quando voltares e decidires abrir esse armário – que provavelmente estará repleto de pó – repara na peça de roupa que lá deixaste perdida, segura-a com cuidado e promete-lhe que irás vesti-la todos os dias - como aquelas roupas que usas diariamente e nunca te esqueces delas, porque simplesmente te transmitem alguma sorte. A partir daí, tenta agir mais com o coração e menos com a cabeça, verás quem cuidou melhor dessa tua vestimenta antes de partires.

segunda-feira, 20 de julho de 2009


Terás sempre em mim um cantinho vago reservado só para ti.
O teu lugar nunca ninguém poderá preencher e tu sabes disso melhor do que ninguém..
Lagoa 2009

sábado, 18 de julho de 2009

obrigada grenho

"A vida é como andar de bicicleta:
Temos de avançar para não perder o equilibrio"


Obrigada por me teres feito ter esperança no futuro, por me teres aberto os olhos a tempo, por teres sido uma das vozes da razão, por me teres dado o empurrão de que eu precisava.
Obrigada pela segurança das tuas palavras, pela confiança que depositaste em cada conselho que me sugeriste, obrigada por me teres feito pensar e agir rapidamente sem desperdiçar grande parte do meu tempo em coisas supérfluas e em pessoas que não valiam, de todo, a pena.
Obrigada por me teres feito correr atrás e por não me teres deixado na mão e ter feito com que as boas coisas da vida me passassem ao lado. Acredito que, de certa forma, se agora estou 'como estou' é, em parte, graças a ti.
Em suma, agradeço-te do fundo do coração por me teres confessado o teu diálogo com o tempo.


Porque eu nao me esqueci de tudo em que me ajudas(-te) :) Te amo @

quinta-feira, 2 de julho de 2009

desafio&desejo


Desiludo-me com as minhas recordações e, consequentemente, não gosto de relembrá-las.
Deixei-me de contos e ditos, sou muito mais que isso. Tornei-me lutadora e capaz de ultrapassar fortes desafios. No entanto, propuseste-me um complicado, mesmo conhecendo as minhas limitações. Os teus jogos já eu aprendi a jogar e descobri todos os truques para chegar à meta sem necessitar de pontuar em todos os obstáculos.
Lido contigo com mais facilidade.
Apercebo-me agora das tuas prioridades e, se eu não faço parte delas, não possuo qualquer motivo para te prender a mim. Por isso deixo-te voar, permito que percorras todos os caminhos que desejas e que descubras todos os locais com que sonhas. Não me desafies para ser a tua sombra, não serei capaz.
Já te joguei demasiadas vezes e, como qualquer outro jogo, os níveis esgotaram-se e eu continuo constantemente a repetir os mesmos níveis, sei-os de cor. Voa o que tens de voar e não voltes só quanto te apetecer desafiar-me para passar níveis que eu tivera ultrapassado antes. Se voltares, fica e não vás novamente.
Não desejo que te tornes numa simples recordação, não quero deixar de gostar de te recordar.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Felicidade ilusória ~

É complicado continuar quando tudo desaba uma vez mais, quando desenterro caixinhas ingenuamente. E agora, quando olho para trás, com um olhar de gente grande, reparo nas voltas que a vida dá. A vida, essa que é capaz de girar em tantos e tantos sentidos, em todas as diferentes direcções que possam haver. Vejo no quão diferentes as coisas se tornaram. Tudo o que fomos está longe, muito para lá do visível e não volta.
Fomos tanto, demo-nos de uma maneira tão incrivelmente fantástica!
Mesmo nada tendo a ver um com o outro, superamos sempre tudo: as mágoas que sempre nos faziam hesitar, as pessoas, os sentimentos confusos, os desabafos ditos a medo, as muitas divergências… enfrentamos bichos de sete – oito! – cabeças mas sempre lutamos, sempre acreditamos um no outro; que era possível, que atingiríamos a felicidade em pleno. Mas porquê? Ainda hoje me pergunto… porquê, porquê em alturas tão distintas? A vida pregou-nos uma partida, porque não rirmo-nos dela e apontar-lhe o dedo em vez de ficarmos sentados e esperarmos que ela gire uma vez mais rumo a outra maré (que não a nossa)? Preguiça? Não sei, possivelmente.
O que eu sentia por ti… a admiração que tinha em ti, a confiança que despertavas em mim… era tudo tão assustadoramente grande, enormizado, gigante… eras o meu mundo, a sério que eras. Por ti? Eu era capaz de tudo. As palavrinhas fortes dirigidas a ti foram as mais sinceras, o sentimento que nutria era o mais encrostado possível ao coração. Resíduos de crosta? Não sei se resta algum agora, sinceramente não sei.
As caixinhas todas tão meticulosamente enterradas e parte de mim persististe em remexer lá no fundo, em abrir feridas fazendo-me sangrar um pouco mais só para matar a sede de ti. Sim, é verdade, às vezes penso em como necessito de ti, ainda. Não quero gostar de ti, mesmo. O que eu mais queria era ter a capacidade de o conseguir realizar, juro-te. Felicidade ilusória. Tudo se resume a isso. Tu e eu? Eu e tu? Meras expectativas surreais, inéditas de serem vistas. Lembravas-me tantas e tantas coisas… Estavas em cada letra de música calma, via-te reflectido em forma de coração em cada rabisco dos meus livros das disciplinas mais aborrecidas, eras a palavra sentida disfarçada no meio dos meus versos, estavas presente em cada filme romântico. Eras sempre tu. Em todas as ocasiões, em todos os lugares (…) foste sempre tu em tudo. Não sentes falta disso? Tenho saudades de estar a milímetros de ti a olhar bem fundo para os teus olhos e decifrar-te o que te enche a alma. Gostava tanto de poder olhar-te agora! Reparo agora que nunca tive oportunidade de te fazer saber que costumava ler os teus olhos e, assim, penetrar-te a alma… ou se calhar tive hipótese mas simplesmente nunca o fiz. Como eu tenho pena em não te ter dito!
Este, se formos a ver, é o único que ainda se mantém, aquele do qual não te podes dar ao luxo de esquecer se eu lá estiver, com o meu nariz quase a roçar no teu, atravessando essa casca que te envolve revestida por teimosia e estupidamente carregada de orgulho. Não lamento, apenas tenho pena.
Se … (…) Os ‘se’ existem e fazem tão parte do nosso passado! Tivemos um passado sim, que ninguém duvide disso: da sinceridade patente em cada “amo-te”, de cada “bom-dia”, cada toque ao de leve na mão, cada gesto, cada lágrima preenchendo cada momento de melancolia, cada consolo, cada toque na cara (aqueles toques que eu tanto gostava de te dar, acarinhando-te a bochecha), cada descrição de determinada particularidade que constitui cada um de nós, cada recanto secretamente revelado em certos sítios só nossos… que ninguém duvide de como tão bem me sabias de cor e de como tão facilmente eu aprendi cada lugar que fazia parte de ti. Tivemos sempre isso do nosso lado. Choramos um pelo outro, ficamos ambos felizes pelo que sentíamos. Ainda guardo todas as tuas coisas, ainda me lembro de todas as nossas longas conversas, tenho na memória as tuas frases, sei de cada texto que te escrevi, as palavras ficaram, os momentos… enfim, puras estrelinhas no meu vasto e enublado céu. Apenas precisava que também tu não tivesses deixado de acreditar – e isto tudo o que aqui escrevi são néscios devaneios que não passam disso mesmo: pensamentos impalpáveis, ou não fosse isso impossível da tua parte –.
As estrelas morrem, sabias disso? Os grandes entendedores na matéria especulam sobre uma provável extinção do sol. A lua, desgastar-se-á ela também.
Não te adoro, não te odeio, não me limito só a gostar de ti. Faço-o numa proporção ainda maior, eu amo-te.
E a verdade é que não te quero ausente.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

desabafos


Ontem adormeci cansada, com umas terríveis dores de cabeça que abrangiam o meu corpo todo, as tremendas dores que me retiram as forças quando mais preciso delas. Foram poucas as horas de sono, o cansaço desapareceu da mesma forma que voltou, rápido. Ainda é cedo, mas hoje a minha vontade de escrever despertou logo pela manhã.
Sinto um vazio em mim, um vazio que me persegue a cada passo que dou, a cada palavra que pronuncio, a cada movimento que faça. Hoje acordei e, pela primeira vez, pensei. Acordei a pensar, não é algo muito comum, visto que sempre que me levanto da cama só sinto vontade de voltar para lá e dormir mais umas meias horas. Acordei com vontade de pensar, com vontade de organizar as ideias vagas existentes na minha cabeça.
Chego à conclusão que nem sempre o que é melhor para nós é aquilo que nós queremos que seja, que por vezes mais vale guardar o pouco que se tem do que deixar esse pouco perder-se no tempo. A vida é mesmo assim, dá voltas sem nós nos apercebermos do percurso que ela toma nessas mesmas voltas e brinca connosco, pois não somos nós quem a controla, a vida controla-nos a nós. Sinto que cada caminho nosso está traçado e que a nossa vida só nos empurra para andarmos um pouco mais rápido, e não pensa que quanto mais depressa mais devagar e que por vezes é preferível parar, esperar e depois andar novamente. Portanto a vida é traiçoeira em imensos aspectos, mas “É a vida que temos” e óbvio que cada um de nós gosta da sua própria vida. Eu gosto, gosto por ser uma das minhas confidentes. É bom falar com a nossa vida, parece alucinação, mas é verdade. A nossa vida é a única que, independentemente do local em que estamos, das pessoas com quem estamos, não nos abandona. É a única que não nos larga a mão quando tememos o pior, a única que está constantemente ao nosso lado até quando pensamos que estamos sozinhos. E por isso devemos muito à nossa vida, não a devemos culpar pelo que nos sucede porque não é ela a culpada. Quem fica com as culpas em cima somos nós, a vida conduz-nos no nosso percurso mas nós é que temos de tomar atenção às ratoeiras que esse percurso pode ter. Somos obrigados a olhar para o chão com os dois olhos antes que caiamos num buraco e fiquemos lá presos, por muito e muito tempo. (E nesse tempo a nossa vida não nos larga, porque há sempre a esperança de que um dia consigamos sair desse buraco).
Cada buraco é uma lição e cada lição tem a sua matéria, eu ando a estudar cada buraco com muito cuidado para poder ultrapassar os que se atravessarem à minha frente.
Tu fazes parte da matéria estudada, não da que tenho que estudar, e peço desculpa se não te estudei com cuidado. Não culpo o facto de a vida me ter retirado imenso tempo, a vida não tem culpa, quem a tem sou eu. E julgo que já não adianta estudar a matéria relacionada contigo, pois “Há coisas que não valem a pena”.
Sabes, gosto demasiado de ti para te deixar cair num buraco para sempre. A minha consciência iria pesar se lá te deixasse, pois para além de a tua vida te acompanhar, quero que saibas que eu serei a sua sombra e que poderei dar-te a mão em qualquer momento. Tu paraste, pensaste e andaste, mas recomeçaste a andar por outro caminho, enquanto eu continuo a seguir o percurso que já estaria delineado há imenso tempo.
Algo me diz que apesar dos caminhos que iremos tomar em todas as nossas decisões, iremos destruir a fita vermelha da meta no mesmo instante. Não sou adepta de acreditar no que sonho, pois os meus sonhos são tão ou mais traiçoeiros que a minha vida e, consequentemente, surgem as desilusões. Compreendo que queiras mudar o teu caminho e que prefiras andar por outro muito mais simples. A complexidade destruiu-nos. Aliás, eu tenho a noção de que destruí o que eu mais amava e que dependia de mim mudar cada acto meu. Dependia de mim colocar o orgulho de parte, dependia de mim dizer a primeira palavra, dependia tanto, mas tanto de mim…
Não sou pessoa de arrependimentos, por isso encaro tudo o que fiz com muito carácter. Dou-te imenso valor por me teres feito crescer, por formares a minha personalidade e moldares-me às melhores atitudes. Porque hoje acordei e pensei, acordei, pensei e cresci. Devo-te desculpas, devo-te agradecimentos, mas de que isso adianta? Não mudará as escolhas tomadas.
Hoje sei que não é a nossa vida quem determina a nossa felicidade, somos nós quem tem de agir e não devemos esperar que os outros ajam por nós. Hoje cai uma lágrima, amanhã nasce um novo sorriso, e assim sucessivamente, pois é com cada lágrima que aprendemos a ter cuidado onde colocamos os pés, para não cairmos no mesmo buraco.
Se algum dia os nossos caminhos se cruzarem, eu quero que saibas que estás bem guardado em mim e que o sentimento pode triunfar, basta querermos. Eu já aprendi a lição que este buraco me ensinou e afirmo, sem margem para dúvidas, que não voltarei a cair aqui novamente.

“O que eu quero mesmo é que sejas feliz. Não sei se sabes, talvez não tenhas tido tempo para perceber que para mim sempre foi e será isso o mais importante, mesmo que a vida te leve para outros caminhos e que sem sequer voltes a cruzar-te comigo.(...) E o nosso amor, aquele que o tempo, ou a vida, ou o medo, ou a falta de sorte não deixam construir, está guardado para sempre.(...) Quando quiseres descansar e olhar para dentro, verás que não é assim tão difícil. Como tudo o resto, é só querer. ”
Amo-te

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Hoje tenho saudades tuas. (não penses que não as tenho todos os dias, mas hoje apeteceu-me).
Sabes uma coisa? Hoje apetece-me dizer(-te), e gritar, que te amo.
E a verdade é que não te quero ausente, custa tanto ..
Sempre pensei que amar seria tao humano como desculpar.
Por mais mínimo que o sentimento possa parecer, é sempre mais grandioso aquilo que me fizes-te e ainda fazes sentir. Numa palavra consigo dizer tudo o que me importa agora e sempre mais do que qualquer outra coisa: tu.
Nao sei se percebeste, mas és sempre a inspiração de cada texto.
E sei tb que nem sempre les, mas se leres este, percebe uma coisa
É de ti que eu gosto MESMO.
Nunca direi que foi tempo desperdiçado, nem que vou apagar tudo da memória, porque seria estar a mentir-te, é verdade, estás recordado para sempre, mas para sempre ficará recordado que saiste da minha vida tão depressa como entraste.
Às vezes demoramos imenso tempo a perceber as coisas mais simples .
Agora entendo que tens razão meu amor , o melhor será mesmo 'não dizer nada' , talvez por agora..

Amo-te, acima de todos os amo-tes superficiais e sujos que o mundo hoje em dia usa.

02/06/2009

quarta-feira, 10 de junho de 2009

SEMPRE


Há tanta coisa que tenho para vos escrever que nem sei por onde começar.
Imagens nossas invadem-me a alma, que me fazem sorrir por dentro e desejar poder controlar o tempo. Se o pudesse fazer, rodaria os ponteiros do relógio para trás e pará-los-ia com toda a minha força.
Sorrio por dentro e desejo poder controlar o tempo de cada vez que me lembro de quando me chamavam voçes, Luis e o Ricardo, “Anaaa Luisaaaaa” e eu ia á janela e quando descia voçes ridicularmente tentavam sempre se esconder de mim mesmo que eu já tivesse visto.
Sorrio por dentro quando me recordo de uma cara, que no inicio so queria saber do telemovel mas que com o tempo se foi demonstrando uma grande amiga e conselheira, a Sara Grenho.
Desejo poder controlar o tempo quando dou por mim a ver-nos nos intrevalos a fazer palhaçada na biblioteca.
Sorrio por dentro quando penso no quão engraçado era quando chamavam “ana” e agente se levantava as duas Margarida *-*
Desejo poder controlar o tempo quando pensava que no dia seguinte ia ter um abraço pronto caso precisasse Grenho.
Sorrio por dentro quando dou por mim a recriar as vezes em que te despachavas tao rapido so pra ir ao bar Luis.
Desejo poder controlar o tempo quando chego demanha e procuro a Sara para lhe perguntar qq coisa do blog.
Sorrio por dentro quando me lembro que ia falar contigo, e recebia aquilo que mais precisava de ouvir Pia.
Desejo poder controlar o tempo para te poder ver a falar dos teus ricos almoços Luis.
Sorrio por dentro quando me lembro da paciência que desde sempre tiveram para comigo, da capacidade ilimitada que sempre possuíram em me aturar e apoiar Sara e Ana.
Desejo poder controlar o tempo quando voçes os 4 gozavam comigo por ser pequena e calçar um numero de sapatos muito inferior ao normal. x)
Sorrio por dentro quando me recordo das nossas aulas a cantar Anselmo Ralph Ana.
Desejo poder controlar o tempo sempre que relembro o dia em que estava tao atenta na tv pra te ver entrar no programa do curto circuito , e fiz uma festa quando vi o teu habbo la Luis.
Sorrio por dentro quando te observava a esconderes as pastilhas de mim Pia.
Desejo poder controlar o tempo quando vos via os dois taoo teimosos Grenho e Ricardo :)
Sorrio por dentro quando me lembro que te chamava de Pipi e tu dizias que eu sou uma Formiga.
Desejo poder controlar o tempo até que te reencontre naquela sala há 3 anos e que nos levantemos as duas quando a stora chama pelo numero 1 Ana.
Sorrio por dentro e desejo poder controlar o tempo até há altura em que nos conhecemos, ou simplesmente até aos melhores momentos que tivemos.
Se fosse hoje, digo-vos que não mudava nenhum momento passado convosco; Ninguem tem noção aquilo que já passamos. A infância foi passando e a fase da adolescência fez-nos ver quem realmente esteve ao nosso lado!
O tempo foi passando e cada vez nos aproximamos mais e hoje e já há algum tempo nunca mais nos separamos. São das coisas mais importantes da minha vida.
Sempre souberam ouvir, falar, encantar (...) Tenho orgulho em dizer que vos adoro a cada um de uma maneira especial :)
Porque ninguém faz pipocas como nós
Porque nós gastamos a paciencia aos stores
Porque ninguem goza tanto como nós
Porque foste tu Sara, que muitas vezes me limpas-te as lagrimas
Porque ninguem tem um blog inventado só para gozar
Porque já ninguem grita pelas ruas como nós
Porque foi do melhor
Porque vamos voltar em breve ;)
Porque o Pipi é garantidamente (sempre) nosso
Porque falámos de coisas que ninguem sabe
Gosto de tomar o pequeno almoço convosco, de gozar com toda a gente e mandar olhares de canto a todas as que nao nos curtem.
Gosto de estar convosco nas aulas, a falarmos sem parar por 90 minutos sem nunca perdermos o assunto.
Gosto quando o Luis ia á farmacia todos os dias á hora de almoço dizer "boa tarde".
E gosto quando tiramos fotos á toa.
Gosto quando iamos aos geovás.
Gosto.
De voçes.
A vida não é nem nunca foi, efectivamente, feita de justiça. Nada que valha a pena é fácil e dura para sempre.
Agora, a mim, restam-me as saudades que a cada dia se vão tornando mais leves de suportar com a falta que me fazem cada um de voçes, com a solidariedade da Grenho, com a alegria do Luis, com a sinceridade do Pia, com a energia positiva da Ana e com aquela esperança que só morrerá daqui por muitos anos, porque quem regressa não partiu para sempre e, apesar de nos afastarmos, eu sei que continuam aqui, ao pé de mim, e sempre irão estar.

Hoje e Sempre, Adoro-vos (L)
=)
“Ficas comigo?”
“- Sempre, pequena.”


Não percebo. Dou mais que mil e uma voltas à minha cabeça e não percebo.
Sabes, depois deste tempo todo não consigo deixar de gostar nem um bocadinho de ti. Julgo que me persegues a cada passo que dou ou a cada acção minha, pois sempre te enquadrei no meu quotidiano. Sempre foste o meu porto de abrigo, onde eu me resguardava quando a chuva caía ou quando os raios solares reflectiam as radiações mais perigosas; sempre te adaptaste a qualquer situação, independentemente do tempo, do local ou da disposição.
Já te caracterizei de todas as maneiras e feitios, sei cada traço teu e da tua personalidade. Conheço as tuas bases, as bases que formaram a pessoa que és. Tanto as conheço que sou capaz de saber quando as tuas bases se estão a desmoronar e tornam-se prejudiciais no teu estilo de vida. Não se trata de críticas, nem tão pouco mais ou menos. Se sempre encaraste as minhas palavras como um conforto, uma ajuda, por que razão não pensas isso neste preciso momento? Não sou adepta de tiro ao alvo e não desejo que o meu alvo seja quem eu mais gosto; Tu podes gritar e dizer o quanto sofres, és livre de expressão. Se calhar até és demasiado livre, as tuas expressões tornaram-se abusadoras, confesso. Tanto se tornaram que se apoderaram de ti e tu nem foste capaz de parar esse abuso! Comigo não há abusos, não há cá confianças com expressões que exageram nos seus termos e sou perspicaz o suficiente para saber quando travar essas expressões.
Já o foste. Já soubeste travá-las. Por qual motivo não sei. Sei que não mereces sofrer. Ainda me questiono porque dei tanta importância, quando poderia simplesmente concordar com tudo o que pronuncias e não opinar.
Não te conheço, não reconheço o local para onde eu ia abrigar-me da chuva, onde eu ia pedir palavras de conforto ou um simples abraço que me acalmava. E tenho pena, tenho muita pena, porque sei que tu no fundo não é isto que desejas, e eu sei que também não é o que desejo: ambos sabemos que a nossa cumplicidade ultrapassa qualquer obstáculo que a vida propõe, não somos é capazes de avançar esse obstáculo a uma velocidade elevada. Sempre fomos bastante aliciados pela complicação e apreciamos as equações matemáticas numa conta da escola primária. Lembra-te que as promessas são para serem cumpridas, não vale a pena dizê-las só para parecerem bem e deitá-las ao lixo no primeiro caixote do lixo que nos aparece à frente. A vida pode não ser dois dias, mas também não são muitos mais. Se não souberes aproveitar os seus dias da melhor maneira, os teus projectos futuros estarão completamente arruinados. A tua consciência vai pesar quando o sono despertar em ti, e aí não há nada que possas fazer. Eu gosto muito de dormir descansada, já por isso tenho a certa mania de me expressar constantemente. Nada fica por dizer, já conheces o meu lado. Conheces-me bem demais para saber que nada me é indiferente, que não tenho prazer nenhum em perder as pessoas que me rodeiam, e perder-te a ti seria o cúmulo. Eu não sou capaz de suportar todos os pesos, torno-me fraca com facilidade. Passei-te a batata quente e, como apenas existem duas personagens no jogo e eu sou uma delas, não podes dá-la a mais ninguém, e só te livras dela quando a deixares cair ao chão. Mas lembra-te, a partir do momento em que a batata quente sentir o solo, o jogo acaba.


Por vezes,para haver um começo, é necessário haver um fim.
Talvez ainda haja esperança, eu continuo a acreditar em nós.

(apesar de tudo.)

What do you think?
Talvez não seja nesta vida ainda
Mas tu ainda vais ser a minha vida.
Se te amo mais do que a mim mesma?

Diz-me tu.

AnaLuiza